Franca Florio, batizada com o nome de Francesca Paola Jacona della Motta, foi uma socialite italiana do início do século XX, nascida em Palermo, em 27 de dezembro de 1873. Ela era esposa de Ignazio Florio Jr., um proeminente industrial e empresário italiano. Franca Florio ficou famosa por sua beleza, elegância e influência na alta sociedade da época.
Segundo podemos ler no edital da emissão:
“Numa Sicília resistente às mudanças, foi precursora de eventos e tendências culturais e de costumes que deixaram uma marca na vida pública de seu tempo”.
O casamento com Ignazio, expressão da nova burguesia empresarial, representou uma ruptura. Embora os Florio detivessem na época grande parte do poder econômico e financeiro da região, o casamento estava fora dos padrões da aristocracia mais conservadora e tradicional. A mulher, entre a sociedade e os negócios, tornou-se o símbolo da Belle Époque local. Seu charme transcendia a beleza física exaltada por uma elegância rara. Suas festas e jantares fizeram de Palermo uma capital europeia, sem nunca fazê-la renunciar às longas estadias nas residências de Marsala e Favignana. Foi protagonista do destino empresarial do marido, pioneiro do progresso industrial do novo capitalismo italiano.
Ela faleceu em 10 de novembro de 1950.
No selo, emitido em 28 de setembro último, pelo Poste Italiane, podemos ver um detalhe de uma pintura retratando Franca Florio, feita por Giovanni Boldini e preservado no Palazzo Marazzino. Trata-se de um selo, com tiragem de 250.020 exemplares autoadesivos, que faz frente a tarifa postal da classe “B” (atualmente 1,25 euros), que permite enviar um cartão-postal ou uma carta comum de primeira classe dentro do país.